O filme "Entre os muros da escola" e a Educação à Distância: do mestre ao parceiro

O filme “Entre os muros da escola” (Entre les Murs, 2008), nos faz refletir não somente pelo ponto de vista das dificuldades dos alunos, da diversidade étnica e cultural francesa, mas também as atitudes dos professores diante de diversas situações.
O ensino tradicional retratado no filme mostra o professor autoritário, detentor do conhecimento, frente a alunos “limitados”, desconsiderando, muitas vezes, a bagagem cultural trazida por eles.
Comparando o filme com as potencialidades da Educação a Distância, podemos dizer que o papel do professor tem a mesma importância que no ensino presencial, entretanto a forma de atuar é diferenciada. O educador de cursos EaD é parceiro do aluno, orientando sua trajetória, interagindo com ele, valorizando suas conquistas e incentivando a construção do conhecimento de forma colaborativa.

O aluno nos cursos EaD desenvolve sua autonomia, aprendendo coletivamente e trocando experiências com os colegas. Assim, participa ativamente do processo de ensino-aprendizagem, trazendo muitas contribuições da sua vivência, minimizando as distâncias físicas, mesmo havendo diversidade cultural e étnica. Diferente do que observamos no filme, os educandos são meros receptores de conteúdo que, em algumas ocasiões, não são significativos para eles.
Toda essa gama de possibilidades do Ensino a Distância, aliadas a uma utilização significativa das tecnologias, poderiam fazer o diferencial em relação à resolução dos conflitos das personagens. O professor assumindo o papel de parceiro, valorizando e buscando conhecer o aluno estará motivando seu aprendizado. O educando, por sua vez, deve participar de todo processo, colaborando com a construção do conhecimento, produzido coletivamente.